Diferentemente do que algumas pessoas podem pensar, as assaduras — muito conhecidas por acometerem bebês, principalmente pelo uso das fraldas — também são um problema dermatológico possível de acontecer em adultos.
Roupas apertadas e calor intenso são alguns dos fatores responsáveis pelo aparecimento da assadura em adultos, que deve ser tratada de maneira adequada e pode até mesmo ser prevenida. Acompanhe este post até o fim para saber como se dão as assaduras, em que locais do corpo podem aparecer, como é feito o tratamento e, ainda, como evitá-las. Vamos lá?
O que é a assadura em adultos?
Na Dermatologia, as assaduras são inflamações da pele conhecidas como dermatites friccionais. Elas são provocadas pelo atrito intenso entre diferentes partes da pele ou entre pele e roupas, sapatos ou acessórios. Somado a isso, podem acontecer devido ao aumento da temperatura em estações como o verão.
As áreas mais afetadas por esse tipo de dermatite são:
- coxas;
- virilha;
- axilas.
Quais são as causas das assaduras?
Nos bebês, as assaduras são comuns de aparecerem, uma vez que todas as condições ideais de calor e umidade são promovidas pelo uso constante das fraldas. Além de abafarem a região onde são colocadas, elas se tornam uma área úmida devido a urina e fezes, facilitando o aparecimento desse tipo de dermatite.
Nos adultos, roupas apertadas usadas no dia a dia podem ser o principal fator causador do problema, já que não permitem uma boa ventilação da pele. Isso acontece inclusive (e com bastante recorrência) com atletas como corredores e nadadores. Outras possíveis causas são a higienização inadequada das regiões do corpo comumente afetadas e também alergias.
Além disso, o calor acompanhado da umidade provocada pela transpiração (ou urina, no caso dos bebês) se torna circunstância ideal para a proliferação de fungos e bactérias, o que pode agravar a situação.
Quais são os sintomas das assaduras?
Os principais sintomas das assaduras são vermelhidão na região afetada, sensação de queimação, ardência, sensibilidade maior na pele e coceira. Em alguns casos, a depender do nível da dermatite, podem ocorrer feridas que provocam dor.
Quem são as pessoas mais afetadas por esse tipo de dermatite?
Se formos considerar o tipo de doença em si, não existe um grupo que esteja mais vulnerável de forma preestabelecida. A verdade é que ela se manifesta devido a comportamentos específicos.
Pessoas com sobrepeso, por exemplo, podem ter maior predisposição a assaduras devido à ocorrência de “dobras” na pele, o que faz com que certas regiões (como a virilha) estejam constantemente abafadas e sofrendo atritos. No entanto, ainda assim são possíveis de ocorrer em pessoas magras, bastando para isso a má higienização dos locais acometidos ou uso de roupas quentes e abafadas para a pele.
Além de pessoas obesas, idosos também podem ter recorrência desse tipo de dermatite pelo fato de terem a pele mais sensível. Quando estão acamados, por exemplo, estão constantemente em contato com superfícies como o tecido dos lençóis.
Quais são os tratamentos possíveis?
A primeira recomendação em caso de suspeita de assaduras é não fazer a automedicação. É fundamental procurar um médico dermatologista para identificar o real motivo daquelas condições da pele.
Caso seja detectada a dermatite friccional, normalmente é indicado o uso de cremes de barreira que em poucos dias diminuem os sintomas e curam o problema. Nesse período, é importante evitar o uso de vestimentas apertadas ou de tecido que possam piorar a situação.
Como prevenir que as assaduras apareçam nos adultos?
Sabendo os motivos pelos quais as assaduras aparecerem, é possível prever algumas das ações importantes para a prevenção dessa dermatite. Confira abaixo.
Boa higienização
A principal maneira de evitar assaduras é promovendo uma boa higienização do corpo como um todo. Por isso, em países de clima tropical como o Brasil, é fundamental tomar banho todos os dias, lavando o corpo com sabão e, ao terminar, secar bem todas as regiões (principalmente as que, de alguma forma, podem acumular umidade, como virilha e axilas).
A boa limpeza é imprescindível no período menstrual feminino, época em que a região genital fica ainda mais úmida e propensa ao acúmulo de microorganismos.
Hidratação adequada
A prevenção às assaduras inclui hidratação adequada da pele. Para isso, deve-se priorizar o uso de cremes à base de petrolato, óxido de zinco e lanolina, além do conhecido talco, que é capaz de evitar o acúmulo de umidade na região em que é aplicado.
Uso de roupas leves
O uso de roupas com tecido grosso como o jeans pode auxiliar no aparecimento de assaduras em adultos. Por isso, sempre que possível (e principalmente em dias de maior calor), é fundamental optar por vestimentas mais leves e que permitam a ventilação adequada da pele. O uso de roupas mais largas também pode auxiliar nesse sentido.
Lavagem das roupas íntimas
A lavagem das roupas íntimas também pode influenciar no aparecimento ou não de dermatites friccionais. É importante não fazer uso excessivo de sabão em pó e evitar adicionar amaciante ao lavar essas peças. Além disso, enxaguá-las e secá-las de maneira adequada pode contribuir para a prevenção das assaduras.
Depilação e proteção
Principalmente quando o assunto é prática de esportes, pode acontecer, depois de uma sessão de depilação, o uso de roupas justas para se exercitar. No entanto, a fricção do tecido com a pele já irritada pela remoção dos pelos pode ser a combinação perfeita para o surgimento das assaduras. Então, evitar se depilar pouco tempo antes da atividade física é o mais recomendado.
Além disso, a falta de uma barreira de proteção torna o ambiente ideal para o surgimento desse problema. Por isso, nesses casos, é fundamental que os atletas adotem medidas como usar cremes que funcionem como barreiras nas áreas de atrito. Um exemplo são os bastões anti-assaduras ou, com melhor custo-benefício, a própria vaselina sólida.
Como pudemos ver neste post, a assadura em adultos pode trazer desconforto e deve ser prevenida, sendo necessárias, para isso, algumas ações simples. Ainda assim, caso aconteça, é imprescindível consultar um especialista em Dermatologia de forma a garantir o diagnóstico e também o tratamento adequado do problema.
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