Você já ouviu falar em eletrocirurgia? Trata-se de um procedimento médico com passagem de correntes elétricas pelos tecidos. É usado para destruição térmica do tecido pela desidratação, coagulação ou vaporização. A técnica é indicada para tratamentos de lesões benignas e malignas.
Sendo um procedimento rápido e preciso, tem como vantagens o fato de não precisar internação do paciente, sendo realizado no consultório. A eletrocirurgia atua com grande facilidade na remoção de tecidos.
Por isso, é muito usado na dermatologia e requer profundo conhecimento médico para utilização do equipamento. Se for manuseada sem que o profissional saiba exatamente o que fazer e como evitar os riscos, pode haver queimaduras e danos irreversíveis.
Portanto, esse é um procedimento simples, mas bastante eficaz e com resultados que agradam. Como não exige corte profundo, o paciente não precisa de pontos e o processo de cicatrização é bem acelerado.
Para entender em quais casos a eletrocirurgia é indicada, este artigo vai ajudar. Continue a leitura para entender em que casos ela é indicada, quais os riscos e como funciona esse tratamento. Confira a seguir e tire todas as suas dúvidas!
O que é eletrocirurgia?
Como dissemos acima, a eletrocirurgia é um procedimento cirúrgico que usa corrente elétrica nos tecidos com finalidade curativa. Os equipamentos existentes possuem tecnologia avançada, com potências e variações na emissão da eletricidade diferentes. Isso amplia as possibilidades de uso da técnica, que vai desde consultórios a centros cirúrgicos.
Essa tecnologia é usada para interromper hemorragias durante uma cirurgia, por exemplo, ou destruir tecidos tumorais. Além disso, remove lesões, fibromas, verrugas, sinais e manchas de pele. Há ainda utilização na parte estética para remoção de rugas finas, estrias, cicatrizes e acnes.
Como utiliza eletricidade, o médico que faz uso do equipamento tem que ter bons conhecimentos a respeito. O uso inadequado pode causar problemas para o paciente, como choques elétricos e queimaduras, tendo risco de causar sequelas permanentes, além de provocar incêndio e explosões.
Por isso, a Vigilância Sanitária faz controle rígido em hospitais e consultórios que utilizam o método. Apenas são liberados os aparelhos que a ANVISA aprova, e há uma portaria que regulamenta o procedimento médico.
Como funciona o procedimento de eletrocirurgia?
A corrente elétrica é obtida com o uso de um gerador que chega ao corpo do paciente em um eletrodo ativo. A corrente sai através de um eletrodo neutro, que é uma placa colocada junto ao corpo da pessoa que está sendo tratada.
Ao encontrar a resistência do tecido biológico, a corrente elétrica se transforma em calor e age no local eliminando a lesão. É por meio do calor que são realizados os procedimentos necessários, mas a intensidade é avaliada diante de cada caso a ser tratado.
Quando é uma corrente elétrica lenta e fraca, ela vai provocar evaporação da água do tecido que está sendo tratado e, com isso, a redução do volume no local. Isso acontece porque há um efeito terapêutico de coagulação na região.
Já quando a corrente elétrica é emitida de maneira rápida e intensa, ocorre uma explosão da membrana celular. Com isso, há uma evaporação do conteúdo e isso é o que caracteriza o efeito de corte.
No instante em que a corrente elétrica aquece a ponta do instrumento, esquenta também o tecido que está sendo manipulado. É necessário que o médico faça movimentos com precisão para destruir as células e conseguir eliminar a lesão cutânea que está em tratamento.
Ao contrário do que muitos pensam, o procedimento sangra. Porém a precisão do corte faz com que a perda sanguínea seja limitada e contida com muito mais rapidez do que se fosse um procedimento realizado com bisturi.
É importante ressaltar que o local onde será realizado o procedimento não possa ter elementos inflamáveis, explosivos e também alguns agentes químicos. Esse cuidado é necessário, pois a corrente elétrica pode causar incêndios e explosões.
É comum que o procedimento gere um odor desagradável, resultado da queima do tecido. Pode também haver, eventualmente, até mesmo uma fumaça, mas isso não é razão para se preocupar.
A eletrocurgia pode ser divida em dois sistemas pelo qual atual.
1.Sistema monopolar
Cabe em diferentes modalidades, como corte e cauterização. Funciona por meio do eletrodo chamado ativo, que é por onde a energia vai entrar em contato com o corpo do paciente. A placa neutra fica em qualquer parte do corpo, para que a corrente flua e chegue até ela. É um equipamento muito utilizado pela sua eficácia e versatilidade.
Para reduzir os riscos de queimaduras, a região tratada é limpa e recebe um gel condutor que melhora o contato do eletrodo de retorno. É importante também que o aterramento do prédio onde o procedimento vai ser realizado seja adequado.
2.Sistema bipolar
Neste caso, a eletricidade tem tensões mais baixas e precisa de menos energia. Possui uma capacidade limitada para cortar e coagular. Porém, reduz as chances de que aconteça uma queimadura no paciente.
O funcionamento é diferente, sendo a corrente elétrica conduzida por meio de pinças, sendo confinado ao tecido entre dois eletrodos.
Qual a finalidade da eletrocirurgia?
A eletrocirurgia é indicada para tratar lesões malignas e benignas. Na dermatologia esse é um recurso muito usado. A contra indicação é apenas para pacientes que possuem marca-passo cardíaco não protegido, já que a frequência pode desativar o dispositivo.
Nos casos de lesões benignas temos:
- verrugas
- molusco contagioso
- quelóides
- queratosecatínia
- cistos melanoses actínicas
- marcas de acne
- estrias
- pintas e machas
Para situações de lesões malignas encontram-se:
- câncer de pele
- tumor maligno em diversos órgãos.
Qual a sua utilização e importância para o tratamento de dermatologia?
A eletrocirurgia é um procedimento bastante comum em consultórios dermatológicos para remoção da pele lesionada. Por ser um tratamento rápido e com processo de cicatrização muito eficiente, ele é bastante usado na remoção de pintas, verrugas e manchas. É um tratamento eficaz, seguro e com poucos riscos.
Com esse instrumento, o médico dermatologista consegue resolver rapidamente problemas em pacientes, podendo até mesmo aplicar em locais distintos em uma mesma sessão. A eletrocirurgia tem boa aceitação e resultados satisfatórios.
Gostou do artigo? Se você ficou com alguma dúvida sobre a eletrocirurgia, deixe aqui nos comentários que vamos responder.